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segunda-feira, 18 de abril de 2011

OGM: Comissão publica relatório sobre aspectos socio‑económicos do cultivo de OGM na Europa

OGM: Comissão publica relatório sobre aspectos socio‑económicos do cultivo de OGM na Europa
Um relatório da Comissão Europeia apresentado hoje põe em evidência as limitações actuais na avaliação das repercussões sócio-económicas da cultura de organismos geneticamente modificados (OGM) na União Europeia. Em especial, o relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho, baseado principalmente em informações fornecidas pelos Estados-Membros, revela que, amiúde, os dados estatísticos existentes são escassos, assentando muitas vezes em preconceitos sobre a cultura de OGM. No relatório, a Comissão apresenta também uma análise dos aspectos sócio-económicos da cultura de OGM, com base na literatura científica internacional e nas conclusões de projectos de investigação financiados no âmbito do Programa‑Quadro de Investigação europeu.
O Comissário responsável pela Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, declarou: «Com a publicação deste relatório, a Comissão está a satisfazer um dos últimos pedidos ainda pendentes do Conselho do Ambiente, em Dezembro de 2008. O documento foi elaborado com base em dados e informações fornecidos pelos Estados-Membros. Acredito firmemente que este relatório cria uma oportunidade a não perder. Cabe agora aos Estados-Membros, à Comissão, ao Parlamento Europeu e a todos os interessados ponderar maduramente as conclusões do relatório e lançar um debate objectivo sobre o possível papel dos factores sócio‑económicos na gestão da cultura de OGM na União Europeia.»
Principais conclusões
Uma vez que a UE representa apenas uma pequena parte da superfície dedicada ao cultivo de OGM, a experiência da Europa nesta matéria é obviamente limitada. Não é, portanto, surpreendente que a massa de informação estatística relevante sobre as repercussões sócio‑económicas ex-post do cultivo de OGM seja bastante limitada.
Os dados económicos relativos ao modelo europeu referiam‑se a estudos realizados nos Estados-Membros com experiência em matéria de culturas geneticamente modificadas tolerantes aos herbicidas (HT) ou resistentes aos insectos (Bt). Estes estudos revelaram que, quando os danos provocados por infestantes ou pragas são elevados, os agricultores que cultivam plantas HT e Bt podem obter rendimentos mais elevados.
O relatório sublinha que as repercussões sociais e económicas da cultura de OGM sobre as outras partes da cadeia alimentar suscitaram inúmeras reacções. Para completar a contribuição dos Estados-Membros, o relatório analisa ainda a literatura científica internacional disponível sobre os aspectos sociais e económicos do cultivo de OGM.
Segundo o relatório, as análises económicas oferecem uma boa panorâmica, a nível mundial, do impacto económico da cultura das OGM a nível das explorações, sobretudo no que diz respeito às plantas HT e BT. Mais uma vez, porém, as informações disponíveis sobre a incidência social e os efeitos ao longo da cadeia alimentar são raras, ou mesmo inexistentes.
Finalmente, o relatório sintetiza as conclusões dos projectos de investigação financiados pela UE com vista ao estudo das perspectivas sócio-económicas da cultura de OGM (CO-EXTRA, SIGMEA e CONSUMERCHOICE).
Próximas etapas
O relatório da Comissão é o ponto de partida para os Estados‑Membros, o Parlamento Europeu, a própria Comissão e todas as partes interessadas aprofundarem a sua reflexão sobre esta delicada questão. No entanto, para se avançar de forma construtiva, a Comissão considera que os debates terão de afastar-se das posições polarizadas documentadas no relatório para assentar numa base mais concreta e objectiva.
Assim, a Comissão recomenda a definição de um sólido conjunto de factores e indicadores para apreender de forma homogénea as repercussões sócio‑económicas da cultura de OGM na UE e ao longo da cadeia alimentar.
A Comissão sugere também que se ponderem as eventuais vantagens de um melhor conhecimento dos aspectos sócio-económicos na gestão da cultura de OGM.
Antecedentes
O Conselho do Ambiente solicitou aos Estados-Membros, em 4 de Dezembro de 2008, que procedessem à recolha e ao intercâmbio de informação relevante sobre as repercussões sócio-económicas da cultura de OGM ao longo da cadeia alimentar. Pediu ainda à Comissão que elaborasse, com base nos dados recebidos, um relatório para ser analisado e discutido.
A Comissão recolheu as informações mediante um questionário que abrangia:
  • Repercussões sócio-económicas verificadas (ex-post) do cultivo de OGM nos Estados-Membros que têm, ou tenham tido no passado, experiência da cultura de plantas geneticamente modificadas para fins comerciais comercial (a saber, República Checa, Alemanha, Espanha, França, Portugal, Roménia, Eslováquia e Suécia).
  • Repercussões antecipadas (ex-ante) no caso de culturas novas ou existentes no seu território.
Este questionário foi também enviado aos países do Espaço Económico Europeu (Islândia, Noruega e Liechtenstein) e divulgado ao público. Responderam ao questionário vinte e cinco Estados-Membros, a Noruega, bem como diversas partes interessadas. A Comissão recebeu a última contribuição em Janeiro de 2011.
Para informações complementares, consultar:

EUROPA - Press Releases - Agenda Digital: crianças com idades cada vez mais baixas utilizam redes sociais e muitas não estão conscientes dos principais riscos para a privacidade, revela inquérito

Agenda Digital: crianças com idades cada vez mais baixas utilizam redes sociais e muitas não estão conscientes dos principais riscos para a privacidade, revela inquérito


Na UE, 77% dos jovens dos 13 aos 16 anos e 38% das crianças dos 9 aos 12 anos têm perfil registado num sítio de rede social (SRS), de acordo com um inquérito pan-europeu realizado para a Comissão Europeia. Acresce que um quarto das crianças que utilizam sítios de redes sociais, como Facebook, Hyves, Tuenti, Nasza-Klasa SchuelerVZ, Hi5, Iwiw ou Myvip, afirma que o seu perfil foi definido como «público», o que significa que qualquer pessoa o pode ver; muitos destes perfis indicam o endereço e/ou o número de telefone. Os dados apurados sublinham a importância da próxima avaliação, pela Comissão Europeia, da aplicação dos princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE. Este acordo teve como mediadora a Comissão em 2009 (IP/09/232), altura em que as principais empresas de redes sociais aceitaram aplicar medidas para garantir a segurança em linha dos seus utilizadores menores de 18 anos. A segurança em linha das crianças é um elemento importante da Agenda Digital para a Europa (ver IP/10/581, MEMO/10/199 e MEMO/10/200).

Neelie Kroes, Vice-Presidente da Comissão Europeia e responsável pela Agenda Digital, declarou: «Há cada vez mais crianças nos sítios de redes sociais, mas muitas não tomam todas as precauções necessárias para se protegerem em linha. Estas crianças colocam-se em risco, ficando vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento. Consequentemente, todas as empresas de redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem acessíveis apenas para uma lista aprovada de contactos e fora do alcance dos motores de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das nossas crianças.».

As crianças são utilizadores activos dos sítios de redes sociais

O inquérito hoje publicado pela rede EUKidsOnline abrangeu 25 000 jovens em 25 países europeus e mostra que 38% das crianças dos 9 aos 12 anos afirmam ter um perfil em sítios de redes sociais, variando esta percentagem de 70% nos Países Baixos a 25% em França. As redes sociais são ainda mais populares entre os adolescentes, já que 77% dos jovens dos 13 aos 16 anos afirmam ter um perfil registado.

15% das crianças dos 9 aos 12 anos afirmam ter mais de 100 contactos no seu perfil, atingindo esta percentagem 47% na Hungria. A percentagem de jovens dos 13 aos 16 anos belgas, dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, polacos, suecos e britânicos com mais de 100 contactos é superior à dos jovens dos restantes países.

Muitas crianças têm perfis públicos abertos a qualquer pessoa

Um quarto das crianças registadas em sítios de redes sociais afirma que os seus perfis estão publicamente disponíveis. Um quinto das crianças cujo perfil é público afirma que esse perfil indica o seu endereço e/ou número de telefone. Em 15 dos 25 países, a percentagem de crianças dos 9 aos 12 anos com perfis públicos é superior à dos jovens dos 13 aos 16 anos.

Apenas 56% dos jovens dos 11 aos 12 anos declaram saber como mudar os parâmetros de privacidade no seu perfil registado em redes sociais. Os mais velhos têm melhores qualificações, já que 78% dos jovens dos 15 aos 16 anos declaram saber como mudar os parâmetros de privacidade.

A acção da Comissão

A Comissão está a acompanhar a aplicação dos princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE, um acordo de auto-regulação assinado pelas empresas de redes sociais através do qual se comprometem a aplicar uma série de medidas nos seus serviços de modo a garantir a segurança dos menores.

A Comissão publicará em breve o primeiro conjunto de resultados da avaliação da aplicação dos princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE pelos seguintes signatários: Arto, Bebo, Facebook, Giovani, Hyves, IRC Galleria, MySpace, Nasza-Klasa, Netlog, One.lt, Rate, SchuelerVZ, Tuenti e Zap (ver IP/09/232, IP/10/144).

O relatório hoje publicado mostra ainda que algumas das empresas de redes sociais populares entre os jovens na Europa não são signatários daqueles princípios.

Atendendo à idade cada vez mais baixa das crianças que utilizam a Internet e os serviços de redes sociais e ao facto de cada vez mais crianças acederem à Internet através de dispositivos móveis, a Comissão lançou uma avaliação dos actuais acordos de auto-regulação das empresas nesta área. As empresas de redes sociais, os fabricantes de dispositivos móveis e consolas de jogos, os fornecedores de serviços Internet, os fornecedores de aplicações e conteúdos para dispositivos móveis, as organizações de consumidores, os investigadores e as organizações de protecção das crianças serão convidados a aderir à plataforma colaborativa. Este diálogo tomará como base as realizações do acordo sobre os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE (ver anexo e IP/09/232, IP/10/144) e do acordo-quadro europeu para a utilização mais segura dos dispositivos móveis pelos adolescentes e pelas crianças (ver IP/07/139, IP/09/596, IP/10/704).

igura 1: Utilização de SRS por país e faixa etária
  • % 9-12 anos

  • % 13-16 anos